Seminário sobre o livro de Atos dos Apóstolos

      Seminário sobre o livro de Atos dos Apóstolos

  




 INTRODUÇÃO

            O título que hoje conhecemos como Livro de Atos dos Apóstolos não pertencia ao livro original, mas ao segundo século. Atos dos Apóstolos e o evangelho de Lucas são dois volumes de uma só obra e, embora não haja assinatura nestes, credita-se a autoria a Lucas, pois o autor faz uso de um pronome no plural ao referir-se como companheiro e amigo do Apóstolo Paulo. Lucas endereçou estes volumes a Teófilo, um novo convertido ao cristianismo a fim de lhe apresentar conhecimentos detalhados sobre a origem do cristianismo.

            Este documento tratará dos conteúdos presentes no livro de Atos dos Apóstolos do capítulo dezesseis (16) até o capítulo (20).

 

 A conversão do carcereiro

A  mulher com espírito de adivinhação (Atos 16:16 a  23)

 O apóstolo e seu companheiro de viagem encontravam-se em Filipos, cidade principal do distrito da Macedônia e colônia romana. Ali fundaram uma igreja. Os inícios da mesma remontam à conversão de uma mulher, comerciante de púrpura, chamada Lídia. Mais tarde, Paulo enviaria uma carinhosa carta a essa jovem igreja: a Epístola aos Filipenses. Mas surgiram contratempos. Deram com uma criada “que tinha um espírito de adivinhação”. Ocorrendo fatos que levaram à prisão de Paulo e Silas e seu encontro com o carcereiro.

Análise do texto:

V. 16 -  Literalmente, um espírito de Piton (necromante). As sacerdotisas de Apolo e Delfos eram chamadas pitonisas, e a palavra estendeu-se às adivinhadoras.Literalmente, o original grego indica que ela tem "um espírito de píton" (pneumapythona). A palavra "píton" era usada originalmente na mitologia grega para se referir à serpente que guardava o lugar sagrado em Delfos onde eram dadas profecias divinas. O píton havia sido morto por Apolo, o deus da profecia. Depois, a palavra era usada para designar a pessoa que tinha poder para predizer o futuro, a qual se pensava que era inspirada pela serpente chamada píton  Uma pessoa que tivesse o espírito de píton era considerada inspirada por Apolo, que se associava aos oráculos. Esta jovem era endemoninhada, e seus descontrolados pronunciamentos eram considerados palavras de um deus. Seus donos ganhavam dinheiro usando-a para adivinhar o futuro. Assim como um demônio reconheceu Jesus como o Santo de Deus (Mc. 1:24), este demônio reconheceu o poder divino que havia em Paulo e seus companheiros.

V. 17Deus altíssimo. Um termo usado pelos pagãos para indicar a suprema divindade judia, mas também pelos escritores judeus para falarem de seu  Deus. A tradução comum de um dos nomes de Deus na língua hebraica – El Elyon - , na Septuaginta, é Deus Altíssimo, e ali esse uso é geralmente posto nos lábios dos pagãos, ao tecerem considerações sobre o Deus de Israel. Esse vocábulo deriva-se de contextos politeístas, onde havia muitos deuses, o Deus altíssimo pertencia a Israel.

Como um espírito maligno poderia ter outorgado um testemunho tão positivo e verdadeiro ao caráter do grupo apostólico e à sua posição como servos de Deus? Segundo Adam Clarke, o espírito maligno sabia que a lei judaica abominava toda a magia, por isso deu um testemunho sobre os apóstolos que, por si mesmo, era verídico, a fim de que assim pudesse vir e destruir o crédito que se dava a eles, arruinando a sua utilidade. Porquanto todos os judeus, mediante esse testemunho (demoníaco), imediatamente seriam levados a crer que os apóstolos estavam mancomunados com aqueles demônios, e que os milagres que porventura operassem eram feitos pela agência de espíritos malignos, e que tudo não passava de efeito de artes mágicas.

Caminho da salvação – Uma expressão comum na religião helenística, e assunto que preocupava grandemente muitos pagãos.

V.19 -  O judaísmo não era uma religião proibida (sendo o culto ao imperador a religião oficial), mas propagá-lo era considerado uma ameaça. Paulo e Silas foram considerados judeus pois, a esta altura, os romanos consideravam o cristianismo uma seita judaica. Por ter atrapalhado o negócio, dos senhores da pitonisa aproveitando dessa condição, os levaram as autoridades romanas. Paulo e Silas foram presos não porque estavam pregando o Evangelho mas porque interromperam um negócio lucrativo.

V.20.21 – O governo da colônia romana revestia-se de poder das autoridades, às vezes chamados “pretores”. Pretor era um magistrado na antiga Roma encarregado da administração da Justiça e, algumas vezes, do governo de uma província.  A lei romana permitia que os judeus praticassem sua religião,  mas proibia a propagação de religiões estrangeiras entre os cidadãos romanos. Paulo e Silas não foram reconhecidos como cristãos mas como judeus que transgrediram as prerrogativas que a lei romana lhes concedia.

V. 22,23 – Não foi feita nenhuma investigação cuidadosa sobre essas acusações. A  movimentação da turba foi provocada, à qual os magistrados se submeteram. Paulo e Silas tiveram suas roupas rasgadas e foram açoitados.  Esta palavra designa os lictores que serviam sob as ordens dos magistrados. Cada lictor carregava um maço de bastões com um machado inserido entre eles. Simbolizando o poder de aplicar a pena capital. Paulo e Silas foram espancados com os bastões e carregados por esses lictores. Tal punição, ainda que os acusados houvessem sido declarados culpados, seria ilegal no caso de um cidadão romano.

Atos 16:25-34

Mesmo em meio ao sofrimento, Paulo e Silas oravam e louvavam demonstrando confiança em Deus e os outros presos escutavam. Configura-se nessa passagem um ideal de vida cristã, que é: “Gloriar-se na tribulação”. Criam que não só a prisão se abriria, mas o próprio céu.

            Em resposta a confissão dos missionários, veio um terremoto que sacudiu o prédio do cárcere, fazendo com que as portas se abrissem. Quando as circunstâncias são desfavoráveis e não temos como vencê-las, Deus nos oferece sua ajuda divina, através do seu poder libertando-nos das cadeias que nos prendem.

            Toda essa manifestação da presença de Deus, na forma de um terremoto, acordou o carcereiro que concluiu que os prisioneiros tivessem fugido. A lei romana era severa. Se algum acidente acontecesse ou fosse configurado algum tipo de negligência, o carcereiro teria que pagar com sua própria vida. Porém os prisioneiros continuavam ali aterrorizados pelo medo, imóveis. Paulo não permitiu a morte do carcereiro dizendo que todos ali estavam. É provável que antes esse mesmo carcereiro, tivesse zombado dos servos de Deus, desprezando-os em seu coração. Agora se aproxima em atitude de humildade, portanto Deus o abalara de alto a baixo. O carcereiro prostrou-se de rosto em terra, diante dos soldados da cruz, percebendo que aquele poder era diferente do que ele conhecia, pois esse poder dava-lhes ousadia de desistir da liberdade, para em liberdade servir.

            A pergunta feita pelo carcereiro aos missionários é ignorada até hoje pela maioria dos homens, especialmente nessa época em que o materialismo impera. “O que é necessário que eu faça para me salvar?”. A resposta dos missionários é uma declaração clássica de como alguém pode ser “salvo”: crendo no Senhor Jesus, confessando que Jesus é Senhor. O caminho da salvação é mediante a crença em Jesus Cristo. A dádiva oferecida ao carcereiro, também abrange à totalidade de sua casa. Quando a salvação se oferece ao chefe de um lar, torna-se também disponível ao restante da família. Então imediatamente o carcereiro e sua família receberam instruções cristãs. Verificamos aqui que para a evangelização ter efeitos duradouros exigem-se cuidados pessoais e pastorais.

            A mudança no coração do carcereiro era perceptível, através do cuidado que dispensou aos missionários, fazendo tudo o que podia para aliviar os açoites que receberam anteriormente. Observamos que Paulo e Silas colocaram a pregação do evangelho antes de sua comodidade pessoal, o carcereiro cuidou deles antes de ser batizado. Depois levou os missionários até sua casa, oferecendo-lhes uma refeição em sinal de alegria e gratidão, por sua conversão e a de seus familiares.

Atos 16:35-40

            Como a situação mudou de figura no dia após o espancamento, os magistrados ordenaram que Paulo e Silas fossem libertados. Mas Paulo disse “chibataram-nos publicamente sem condenação a homens que são romanos, e lançaram-nos na prisão: e agora nos lançam fora secretamente? Não, deveres, mas que venham eles mesmos e nos levem para fora.”

            Ao saberem que os dois homens eram romanos, os magistrados “ficaram temerosos”. Pois tinham violado os direitos daqueles discípulos, agora a situação havia mudado de figura, os magistrados tinham que pedir desculpas publicamente.

            Eles imploraram a Paulo e Silas que deixassem Filipos. Os dois concordaram. Mas primeiro tiraram tempo para encorajar o crescente grupo de novos discípulos só partiram depois disso. Para Paulo e Silas as chicotadas e as feridas eram motivos de alegria, eles tinham a certeza que não estavam trabalhando em vão.

 

Paulo em Tessalonica (Atos 17.1-15)

A cidade de Tessalônica nos tempos do apóstolo Paulo, era a principal metrópole da província da macedônia. Situada na via Egnátia que ligava Roma o toda região ao norte do mar Egeu. Seu porto era uma importante rota comercial. Fundada por Cassandro, General de Alexandre magno em 315 ac, nome dado em homenagem a sua esposa, e meia irmã do imperador.

            Do ponto de vista religioso,  cultuava a deusa Ísis, onde na cidade havia um templo em sua homenagem, cultuava também kabirús um deus menor, adorado pelo povo, pois o povo depositava toda a sua esperança nele, sendo que ele foi morto pelo seus irmãos. Mas o imperador Cezar espertamente, espalhou um boato que ele era a reencarnação de kabirús, entretanto o povo não acreditava ,pelo fato que kabirús pregava igualdade, e o imperador oprimia o povo. quando Paulo chega na Cidade encontra um povo sem esperança, com muitas teorias filosóficas a respeito da felicidade, em meio a esta diversidade de culto havia muitos judeus religiosos na cidade. Diante deste cenário o APÓSTOLO PAULO, trouxe a mensagem do evangelho.

            Os estágio da viagem segundo o Dr. Shedd , o percurso pode ter sido feito à cavalo de Anfìpolis ,Apolônia até chegar em Tessalônica.

            Ao chegar em Tessalônica, Prosseguiu para uma Sinagoga de Judeus, onde durante três sábados pregou a palavra de Deus. Os seus argumentos iniciais foi baseado no velho testamento. Dizendo que o messias tão esperado, tinha que sofrer morrer e ressuscitar da morte. Também proclamou a história de Jesus de Nazaré, dizendo que messias das escrituras. Era  o Jesus da história. o resultado foi a conversão de  uma quantidade pequena de judeus, e um número maior de gregos e muitas mulheres distintas. (atos 17:4-5). O sucesso de Paulo despertou a inveja dos judeus que recrutaram uma gangue de agitadores da cidade para atacar a casa de Jasom,  onde Paulo estava hospedado os líderes dessa turba arrastaram Jasom e outros convertidos perante as autoridades da cidade e entregaram uma acusação sérias contra eles: “estes que têm transtornado o mundo chegaram também aqui...todos estes procedem contra os decretos de Cezar afirmando que Jesus é outro rei”(atos 17:6-7).

            A bíblia de estudo NVI comenta: “para os judeus a blasfêmia era a acusação mais grave, mas para os romanos o pior era a traição apoiar um rei rival de Cezar”. Os magistrados libertaram  Jasom e os demais sobre fiança. Ele era tido como responsável pelos comportamentos do seu hóspede. Naquela noite, para evitar problemas, Jasom enviou para fora da cidade. Assim, os missionários saíram de lá,mas deixaram uma igreja em Tessalônica, e partiram para Beréia.        

 

 BEREIA; ATENAS (AINDA FALTA)

Paulo  prega em Corinto. (Atos 18: 1-4)

Ainda sozinho, Paulo viajou 65 km a oeste de Atenas, para Corinto, a capital de Acaia. Ali encontrou um judeu chamado Áquila, com  sua esposa Priscila.

Áquila, embora nativo do ponto, tinha vivido até recentemente na Itália. Mas o imperador Cláudio tinha ordenado que os judeus fossem expulsos de Roma, por isso Priscila e Áquila tinham vindo para Corinto. Paulo achou conveniente viver com este casal por algum tempo, porque  eles trabalhavam no mesmo comércio que Paulo: fabricação de tendas. Cada sábado, Paulo debatia nas sinagogas, procurando persuadir tanto os judeus como os gregos (temente a Deus).

O imperador Cláudio (41-54 d.c)  era um governador sensato que procurava respeitar as crenças e as práticas peculiares dos judeus; mas quando eles continuavam a ser envolvidos em uma disputa atrás da outra, Cláudio mostrou que podia tratá-los severamente. A pertubação em  Roma se centrava em torno de um certo cesto, de acordo com o historiador  romano Suetônico (120 d.c). Muitos têm afirmado que cresto era uma variação de Cristo, e que  isto era, portanto, perturbação e perseguição contra os cristãos.

Porém a teoria não se encaixa aqui teria de haver judeus fazendo tumulto sem disputas com os cristãos no ano 49 d.C. e, no  entanto, doze anos mais tarde, quando Paulo chega prisioneiro a Roma, consegue juntar os judeus para uma discussão e os achasem  sem nem má vontade. Em vez disso, eles mostram um notável interesse em ouvir o que Paulo tinha a dizer: "contudo, gostaríamos de ouvir o a respeito desta seita que por toda  parte é ela impugnada"

 

Atos 18:22.

Parece que eles tinham tido pouca informação de primeira mão sobre "esta seita", neste ponto.

·         No que diz respeito a Áquila e Priscila, é incerto se eles eram cristãos antes que Paulo os encontrasse.Noentanto, geralmente Lucas identifica as pessoas como discípulos, se o são.

·         As tendas daqueles dias eram feitas de couro, linho ou um pano tecido com pelo de cobra. A maioria das tendas eram negras e podiam abrigar da água e chuva  mais fortes. Muitas autoridade dizem que era uma indústria lucrativa. Era, certamente, um comércio ideal para um viajante como Paulo.

·         Nota sobre Corinto.

Ainda que não fosse famosa por seus filósofos, Corinto era bem conhecida por sua indústria e comércio, e por sua busca de vícios imorais. "Um  corinto" chegou a significar um homem sem moral. "Corintizar" era a expressão grega que significava passar tempo com meretrizes.Outros termos que também eram usados, mostram como esta cidade era identificada com tais atividades ímpias.

Corinto foi destruída e saqueada pelo general romano Múmio, em 146 a.C. um século depois, foi reconstruída por Júlio César e lhe foi dada a posição de Colônia.

Paulo converte a muitos  (Atos 18 5-11)

Quando Silas e Timóteo chegaram da Macedônia, Paulo foi  compelido pela mensagem que ele proclamava testificar: Jesus o Cristo.Paulo havia debatido na sinagoga todos os sábados, procurando persuadir tanto judeus como gregos.

A aprtir do momento en que Silas e Timóteo juntaram-se a ele, Paulo começou a fazer mais do que meramente persuadir.Afirmava que Jesus era o Cristo. Isso se tornou necessário para que os judeus cressem ou não.

Quando os judeus se recusaram a aceitar a evidência,  e discutiram e gritaram contra a causa do Senhor, Paulo sacudiu a aba de seu manto e lhes disse "vocês agora são culpados por seu próprio sangue.Estou livre  de qualquer culpa neste assunto.De agora em diante estou indo aos gentios.

Saindo da sinagoga, mudou suas operações para a casa de um homem chamado Típico Justo,  um temente a Deus que se tornou  cristão. Sua casa ficava ao lado da sinagoga. Típico, o dirigente da sinagoga também acreditava no Senhor, com toda  a sua casa.E muitos dos corintos, ao ouviro evangelho, creram e foram batizados.

Os judeus levam Paulo perante Gálio (Atos 18:12-17)

Quando  Gálio foi procônsul da Acaia, os judeus incrédulos fizeram  um ataque conjunto e  trouxeram Paulo diante do tribunal para fazerem uma acusação contra ele. Disseram: "este homem persuade os homens a adorarem Deus contrariamente à lei".

Paulo estava a ponto de abrir a boca para responder, mas Gálio disse aos judeus: "se este fosse um assunto de injúria ou algum crime hediondo, ó judeus, a única coisa razoável que eu poderia fazer seria suportá-lo. Mas se estas forem questões referentes a termos, nomes e sua própria lei, lidem com elas vocês mesmos.Estou determinado a não ser juiz em tais assuntos". E afastou-se do tribunal. Passado isto todos eles colocaram a mão em Sóstenes, o dirigente da sinagoga, e bateram nele frente ao tribunal, e Gálio não lhes deu atenção.

Paulo vai a Éfeso (Atos 18: 18-21)

Depois de permanecer em Corinto muitos dias mais, Paulo deu adeus aos irmãos e velejou para a Síria, levando  com ele Priscila e Áquila. Enquanto  esteve lá, entrava na sinagoga e debatia com os judeus.

Quando lhe pediram para permanecer mais tempo, recusou, dizendo que estava a caminho de uma festa em Jerusalém, mas que voltaria a eles se fosse a vontade de Deus.

Depois disso Paulo velejou de Éfeso, continuando sua viajem para Jerusalém.De quem era este voto as autoridades estão muito divididas sobre o assunto.

Paulo vai a  Cesaréria, Jerusalém e depois a Antioquia  (Atos 18: 22)

Ao desembarcar em Cesaréria, Paulo subiu a Jerusalém e saudou a igreja de lá, e então voltou a Antioquia, onde sua  segunda jornada havia começada. O ciclo estava completo, e sua segunda viagem  terminada.

·         O  governo de Gálio é  um dos modos usados pelos estudiosos para  datarem os eventos do  novo  testamento. O biviamente,  Paulo estava em Corinto na mesma época que Gálio.

·         Cencréia era o porto oriental Corinto.

Silas e Timóteo não são mencionados, mas era muito raro para Paulo viajar sozinho. Provavelmente um ou ambos estavam  com ele, ainda que  apenas Paulo, o personagem principal, é mencionado.

Apólo em Éfeso e em Corinto ( Atos 18: 24-28)

E chegou a Éfeso um certo judeu chamado Apolo, natural de Alexandria, varão eloquente e poderoso nas escritura.Ele começou a falar ousadamente na sinagoga: e, quando o ouviram  Priscila e Áquila, o levaram consigo, e lhe declararam mais pontualmente o caminho de Deus.

Terceira Viagem Missionária de Paulo

O início da terceira viagem missionária de Paulo acontece em Atos 18:23.

Antes de tudo, precisamos destacar que não há duvidas, de que Paulo desempenhou um papel vital no crescimento e estabelecimento da Igreja e na interpretação e aplicação da graça de Deus em Cristo.

Depois de passar algum tempo na Antioquia, Paulo deixa o centro gentio e parte em sua terceira viagem missionária, fixando-se em Éfeso, capital da Ásia Menor. Essa era uma das maiores cidades do mundo. Ali ficava o templo de Diana, uma das sete maravilhas do mundo antigo. Devido à sua posição central, era o ponto de encontro comum de várias personagens e classes de homens. Era uma cidade idólatra, um centro de magia, um canteiro fértil para a evangelização.

Em Éfeso, Paulo passou três anos, ensinando tanto a judeus como a gregos, pregando tanto acerca do arrependimento como da fé. O apóstolo tanto evangelizava como ensinava. Ele era um evangelista e um mestre. Com isso, o evangelho desbancou a idolatria. Na cidade de Éfeso, vários sinais de um poderoso avivamento podem ser constatados. Destacamos alguns deles:

 

Propósito da terceira viagem missionária.

O propósito de sua terceira viagem é reforçar a pregação do evangelho, que já fora propagado em suas duas viagens anteriores. Ao iniciar a terceira viagem missionária o Cristianismo já era conhecido em todo Império Romano, grande experiência obteve em sua jornada até aqui, porém com tamanho zelo que tinha pela obra, que o próprio Senhor havia colocado em suas mãos, julgou necessário passar novamente pelas cidades que outrora havia evangelizado, desta vez fortalecendo e edificando a fé daqueles que desde os inícios humildes de Paulo em Jerusalém haviam recebido a palavra do Senhor. Paulo visitou as igrejas da Galácia pela terceira vez e, então, permaneceu em Éfeso por mais dois anos, viajou novamente para Macedônia e Acaia (Grécia), permanecendo ali três meses. Retornou a Ásia pela Macedônia.

Na sua terceira viagem, Paulo provavelmente escreveu aos Gálatas, definitivamente 1ª e 2ª Coríntios, e Romanos. Na primavera do ano 58 d.C., próximo do fim desta viagem, Paulo e um grupo de mensageiros de várias congregações (com postas predominantemente de gentios) retornaram a Jerusalém, levando uma oferta aos santos pobres daquela cidade. Marcamos o fim da terceira viagem com a chegada do apóstolo a Jerusalém (21:17).

 

Alguns destaques da Terceira Viagem Missionária de Paulo:

 

1.      Paulo descobriu que estes discípulos não tinham ouvido sobre a existência do Espírito Santo, e que tinham sido batizados apenas no batismo de João (19:2-3). Estes 12 homens receberam dons miraculosos pela imposição das mãos de Paulo (19:6-7). Paulo fica em Éfeso por mais de dois anos (19:8-20) e ensinou na sinagoga durante três meses (19:8). Por causa da oposição de alguns judeus, ele saiu da sinagoga e continuou seu trabalho na escola de Tirano (19:9-10). Ele ensinou na escola de Tirano mais de dois anos. O resultado foi que todos os habitantes da região ouviram a palavra.

 

2.      Deus fez muitos milagres pelas mãos de Paulo (19:11-12). Alguns judeus (filhos de Ceva) tentaram usar o nome de Jesus (como palavras mágicas) para expulsar demônios, mas o espírito maligno os atacou. O resultado foi que o povo respeitou ainda mais o nome de Jesus (19:13-17). Os efésios mostraram seu arrependimento, queimando seus livros de artes mágicas. todos estes livros juntos tinham o valor de 50.000 peças de prata (19:18-20).

 

3.      Os adoradores de Diana perseguem Paulo (19:21-40). Paulo enviou Timóteo e Erasto a Macedônia, e ele ficou mais tempo em Éfeso (19:21-22). Demétrio, um dos homens que fez imagens de Diana, agitou a multidão, porque a doutrina que Paulo ensinou era contra a idolatria (19:23-28). A deusa Diana, tradicionalmente adorada pelo povo, poderia cair em desonra. A multidão confusa prendeu Gaio e Aristarco, companheiros de Paulo (19:29). Os discípulos não permitiram que Paulo falasse, reconhecendo o perigo no meio da confusão (19:30-32). Alexandre, um judeu, tentou falar à multidão, mas o povo não o deixou falar. A multidão gritou durante duas horas: "Grande é a Diana dos efésios" (19:33-34). O escrivão da cidade conseguiu acalmar a multidão (19:35-40).

 

O Reino da Macedônia

Os macedônios, povo que habitava o norte da Grécia, conseguiram progredir e fortalecer-se  econômica e militarmente. Aproveitando-se da fraqueza e da desunião dos gregos, Felipe II o rei da macedônia, preparou um poderoso exercito e conquistou o território grego.

A política expansionista iniciada por Felipe II teve continuidade com seu filho e sucessor Alexandre Magno, conhecido também com Alexandre o Grande, que consolidou a dominação da Grécia e iniciou a dominação do império Persa.

A Macedônia tornou-se o centro do maior império formado ate então, que so seria superado anos depois pelo império romano.

A historia relata que Filipe tornou-se rei da Macedônia, com o nome de Filipe II. Antes disso, ele havia passado três anos como refém em Tebas, uma cidade grega, onde aprendeu as mais avançadas táticas militares da época e testemunhou as violentas batalhas entre as cidades gregas. Filipe II aplicou tudo o que aprendeu em Tebas para organizar um exército poderoso e bem treinado.

A partir do ano 350 a.c, uma nova civilização começou a ascender politicamente e militarmente no mundo antigo. A Macedônia, sob o domínio do rei Felipe II, iniciou um processo de expansão territorial que rompeu com a hegemonia do mundo grego. Felipe II entregou seu filho, Alexandre o Grande, aos cuidados e ensinamentos de Aristóteles.

As conquistas de Alexandre Magno, que teve como centro de difusão cultural Alexandria, no Egito, e Pergamo, na Ásia menor.

Sendo educado pelo filosofo grego Aristóteles, Alexandre entrou em contato com o conjunto de valores da cultura grega. Promovendo a fusão das culturas das varias regiões conquistadas no oriente com os valores gregos deu origem a cultura helenística. Alem disso, suas incursões pelo Oriente também o colocou em contato com outras culturas.

O helenismo foi marcado pelo rompimento de fronteiras entre países e culturas. Quanto a religião,  houve uma espécie de sincretismo, na ciência, a mistura de diferentes experiências culturais, e a filosofia dos pré-socráticos (século V a VII a.c -  de Tales de Mileto a Sócrates – a filosofia se ocupa da natureza e da origem das coisas) e socrático ou clássico (século IV a V a.c – a filosofia reflete sobre as questões humanas, sobretudo a ética e a política), Platão e Aristóteles serviu como fonte de inspiração para diferentes correntes filosófica.

A Macedônia fora dominada por Roma, mas em um acordo político eles permaneceram livres, todavia, a nação foi dividida em quatro repúblicas, cada uma com sua própria administração autônoma. Após um levante a Macedônia tornou-se uma província romana. Nos dias de Paulo ela voltou a ser uma província senatorial autônoma.As informações geográficas e políticas de Lucas parecem estar em perfeita sintonia com a realidade daqueles dias, pois declara que Filipos era “uma cidade do primeiro distrito da Macedônia” . Era uma colônia romana, ali, estava presente a cultura helenística,  que fora expandida por Alexandre o Grande.

Sua designação a colônia romana concedeu à cidade uma forma secundária de cidadania romana, aos seus habitantes. Isto talvez explique por que os amos da moça da qual o apóstolo Paulo expulsou um espírito  de adivinhação enfatizaram perante os magistrados a sua acusação contra Paulo e Silas por dizerem: ‘Somos romanos.( Atos 16.19 a 21)

A Macedónia foi a primeira região da Europa a ser visitada pelo apóstolo Paulo de Tarso na sua segunda viagem missionária. Enquanto Paulo estava em Trôade, no noroeste da Ásia Menor. Paulo por duas vezes navegou para Filipos passando por esta cidade, uma na Primeira Viagem missionária, O apóstolo Paulo seguia em sua segunda viagem missionária, vindo Silas e Timóteo a participar de sua equipe, a partir da passagem pela cidade de Trôade. Nessa ocasião, Paulo intencionava seguir para a Ásia, mas o Espírito Santo lhe deu outra direção: a Europa.(Atos 16.6)

Deus queria que seu servo Paulo levasse as “boas-novas” do Evangelho às cidades importantes e prósperas da Macedônia. Era noite, quando Paulo teve uma visão. Apareceu-lhe um jovem com vestes de macedônio, isto é, vestimentas gregas, com a seguinte mensagem: “Passa à Macedônia e ajuda-nos.” E ele obedeceu. Seguiu rumo às cidades do antigo império conquistado por Alexandre, o Grande, da Macedônia. Navegaram de Trôade e chegaram a Filipos, que era a “porta de entrada” para a Europa, por onde passava importantíssima estrada, comunicando Roma com a Ásia (Atos 16.8,11). Ali, Paulo permaneceu uns dias, e saindo da cidade para junto do rio, chegou a um lugar de oração, onde estavam algumas mulheres. E , certa mulher, chamada Lidia, da cidade de Tiatira, vendedora de púrpura, temente a Deus, tendo ouvido os apóstolos falarem foi batizada e, assim, houve a primeira conversão (Atos 16-12 a 15), como também, Paulo curou uma jovem que estava possessa de espírito adivinhador (Atos 16-16) e, por causa da cura da menina, Paulo e Silas foram açoitados e presos (Atos 16-19), como ainda, houve a segunda conversão que foi a do carcereiro.

Tendo passado por Anfílopes e Apolonia, chegaram a Tessalonica, onde havia uma sinagoga de judeus. Paulo, arrazoou com eles acerca das escrituras, expondo e demonstrando ter sido necessário que o Cristo padecesse e ressurgisse dentre os mortos, e este, dizia ele, e o Cristo, Jesus, que eu vos anuncio. Alguns deles foram persuadidos e unidos a Paulo e Silas, bem como numerosa multidão de gregos piedosos e muitas distintas mulheres. Porem, os judeus movidos de inveja queriam leva-los perante as autoridades, mas, não os encontraram. (Atos 17-1 a 6)

E, logo durante a noite os irmãos enviaram Paulo e Silas para Bereia, ali chegados, dirigiram-se a sinagoga dos judeus. Estes de Bereia eram mais nobres que os de Tessalonica, pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato assim. Com isso muito deles creram, mulheres gregas de alta posição e não poucos homens. Mas, logo que os judeus de Tessalonica souberam que a palavra de Deus era anunciada por Paulo também em Bereia, foram a excitar e perturbar o povo. Então os responsáveis por Paulo levaram-no ate Atenas. (Atos 17-10 a 15)

            Na Segunda Viagem, ele teria voltado aquela cidade por mais uma ocasião, Paulo  tendo navegado de filipos depois dos dias dos Paes asmos, se encontrou com alguns discipulos  em Troade “na Ásia”  com o fim de partir o pão. (Atos 20 - 4 a 7). Foi nesta cidade, que ocorreu um grave acidente, enquanto Paulo  administrava a Palavra o jovem por nome Êutico, que estava sentado numa janela, adormecendo profundamente, cai do terceiro andar do cenáculo onde estavam reunidos e foi levantado morto, descendo, porém, Paulo inclinou-se sobre ele e, abraçando-o, disse – não vos perturbeis, que a vida nele esta. subindo de novo, partiu o pão, e comeu, e ainda lhes falou largamente ate ao romper da alva. E, assim, partiu. (At 20.7-12).

Paulo embarca em Assos, chega a Mitilene, passa defronte de Quios, passa um dia em Samos e, posteriormente, chega a Mileto.        

História da Grécia Antiga

A civilização grega surgiu entre os mares Egeu, Jônico e Mediterrâneo, por volta de 2000 AC. Formou-se após a migração de tribos nômades de origem indo-europeia, como, por exemplo, aqueus, jônios, eólios e dórios. As pólis (cidades-estado), forma que caracteriza a vida política dos gregos, surgiram por volta do século VIII a.C. As duas pólis mais importantes da Grécia foram: Esparta e Atenas.


Cultura e religião

            Foi na Grécia Antiga, na cidade de Olímpia, que surgiram os Jogos Olímpicos em homenagem aos deuses. Os gregos também desenvolveram uma rica mitologia, os gregos desenvolveram algumas expressões artísticas como – a escultura, a pintura, a musica e a arquitetura. Até os dias de hoje a mitologia grega é referência para estudos e livros. A filosofia também atingiu um desenvolvimento surpreendente, principalmente em Atenas, no século V ( Período Clássico da Grécia). Platão e Sócrates são os filósofos mais conhecidos deste período.

 A religião politeísta grega era marcada por uma forte marca humanista. Os deuses gregos possuíam características humanas, defeitos e qualidades, fraquezas e paixões, a diferença existente entre eles e os humanos e que os deuses eram imortais. Os heróis gregos (semideuses) eram os filhos de deuses com mortais. Zeus, deus dos deuses, comandava todos os demais do topo do monte Olimpo. A mitologia grega também era muito importante na vida desta civilização, pois através dos mitos e lendas os gregos transmitiam mensagens e ensinamentos importantes. Os gregos costumavam também consultar os deuses no oráculo de Delfos. Acreditavam que neste local sagrado, os deuses ficavam orientando sobre questões importantes da vida cotidiana e desvendando os fatos que poderiam acontecer no futuro.

Geralmente , esses deuses eram associados a fenômenos naturais. A arma de Zeus, por exemplo, era o trovão. Os  Principais deuses gregos são. ( os nomes que estão na cor azul são dos mesmos deuses, mas em romano).

·         Zeus = Jupiter - rei de todos os deuses, representante do dia, deus do céu.

·         Hera = Juno - rainha dos deuses.

·         Hermes = Mercurio

·         Apolo = Apolo - Sol, deus da luz, patrono da verdade e protetor das artes.

·         Artemis = Diana - caça, castidade, animais selvagens e luz.

·         Afrodite = Vênus - amor e beleza.

·         Ares = Marte - guerra.

Os Conhecimentos da Grecia Antiga.

Os gregos foram os responsáveis pelo nascimento da filosofia, termo grego que significa amor a sabedoria, por volta do século IV a.C., na cidade de Mileto. Um dos mais importantes pensadores gregos foi Pitágoras, matemático e filosofo. Os responsáveis pelo apogeu da filosofia grega no século IV a.C. foram Sócrates, Platão e Aristóteles.

Na arquitetura, os gregos ergueram palácios, templos e acrópoles de mármore no topo de montanhas. As decisões políticas, principalmente em Atenas, cidade onde surgiu a democracia grega.

Atenas , o centro glorioso do século de ouro da Grécia, chegava ao fim. Esparta também não teve destino diferente, enfim, todas as cidades – estados ficaram enfraquecidas com as guerras do Peloponeso ( foi um conflito entre Atenas e Esparta) e tornaram-se alvos fáceis para a dominação de outros povos.

A Passagem da era clássica para a era helenística

A partir de Alexandre o Grande houve a transição da cultura grega , onde a Grécia era o centro comercial da época e, todo o comercio e  navegação passavam por ali, tudo acontecia no centro político e econômico onde ficava a Polis, local de discussão filosófica, onde estiveram os grande mentores Sócrates, Aristóteles e Platão. Neste período ocorreu a transição cultural para Atenas, por volta do século II ou III a.c.

Houve então a transição da cultura grega passando para o helenista, que muda todo o panorama de convivência daquela sociedade, a qual, seria pregado o evangelho de Cristo, um cristo que morreu por eles, cuja cultura grega não aceitava qualquer relacionamento com um Ser divino, Sagrado no meio do povo. O  apostolo Paulo chega a Atenas, num período em que este povo estava imerso numa cultura, que cultuava deuses e eles se relacionavam com estes deuses através dos altares ali representados.(Atos 17-16)

Neste momento, em que era vivida a cultura grega, os filósofos estavam presentes naquela região, os Estoicos e os Epicureus (Atos 17 ). Pode-se ver o confronto de Paulo com esses filósofos, que são seguidores de Aristóteles, Platão e Sócrates, esse tipo de cultura veio modificar toda a dinâmica social daquela região em que a igreja estava inserida. Os gregos tinham uma filosofia muito diferente do que era a verdade e a felicidade , então Paulo critica o culto que eles tinham a diversos deuses. Em Atenas, Paulo encontra uma infinidade de deuses, conta a historia que havia um ídolo para cada habitante de Atenas, porem, havia um altar para o Deus desconhecido, e Paulo fala que era aquele Deus que eles não conheciam, que era Jesus Cristo (Atos 17 – 23). Eles não aceitavam muito bem a ideia de Paulo, porque eles estavam fixados numa cultura que não os deixava entender o sacrifício de Jesus, ou seja, o próprio Deus diante da humanidade, pois eles somente tinham ídolos, que estavam inseridos na cultura mística da Grécia Antiga, os deuses mitológicos. Era exatamente a ideia que eles tinham de deus e, não de um Deus que poderia estar junto, perto da humanidade, que morreria por eles, então, essa cultura, e essas pessoas que iam para a igreja.

Estas pessoas se convertiam, iam para as igrejas e tinham um pensamento muito difícil sobre a proposta que Jesus apresentava, para a época, a construção do novo testamento era necessário que se escrevesse em grego, porque a sociedade já vivia essa contesto cultural.

A propagação da cultura grega se deu através de Alexandre o Grande, que começou a partir da Macedônia e veio conquistando. Este, sofreu influencia de um grande filosofo que foi Aristóteles, foi um grande pensador da cultura e da formação de Alexandre o Grande. Este alcançou com a cultura grega e fez uma grande fusão entre a cultura ocidental e a cultura oriental, mesclou e chamou a partir daí de cultura helenística, houve uma ruptura do período clássico que também foi conhecido como período Socrático (Sócrates). A partir da cultura helenística houve quatro pensamentos filosóficos, são eles – o Cinismo, Epicurismo, Estoicismo e Ceticismo, a partir da cultura helenística houve uma grande fusão dessas filosofias.

Paulo estava na região de Atenas e, ali, se depara com os estoicos e os epicureus, estes não estavam muito presos as questões políticas, nos desejos normais do Ser humano, enquanto, aqueles defendiam a parte da natureza, da felicidade. Paulo estava no Areópago, antiga Polis, e, ali ele discutia com os filósofos, inclusive, ele também era um cidadão romano (Atos 17-19) e, neste local, discutia com os filósofos, acerca dos deuses presentes ali, em Atenas. Por exemplo, no helenismo, estava presente o cinismo , que fora criado por Antístenes e propagado por seu discípulo Dionísio, os cínicos não se preocupavam com bens matérias, com a saúde, nem com a morte, eles aproveitavam a própria natureza para sobreviver. contudo, aparece Paulo apresentando um Deus distinto, que apresentava uma proposta totalmente diferente  daquela, a qual era apresentada. Um Deus que dava esperança, Que se preocupava com os outros, que ele mesmo se rendeu, se entregou. Por isso que os Epicureus e os Estoicos falaram - “ do que esta falando este tagarela, esta apresentando deuses estranhos, nunca ouvimos falar disso, um Deus que se preocupa conosco” pois, eles mesmos não se preocupavam com ninguém  (Atos 17 – 18). Houve, porem, alguns homens que se agregaram a ele e creram, entre eles estava Dionísio, o areopagita, uma mulher chamada Damaris e, com eles, outros mais.(Atos 17-34)

Depois disto, deixando Paulo Atenas, partiu para corinto Paulo estava no seu último ano de ministério na cidade de Éfeso, quando recebe informações de que a igreja de Corinto não estava indo muito bem. As informações eram muitas e poucas delas eram boas. Paulo soube que havia divisões na igreja, que estava dividida em 4 grupos. Grupos que se formaram em torno de personalidades, de pessoas que tinham tido uma participação no passado recente da igreja, como próprio Paulo e Apolo (1Cor 1 – 12) A igreja tinha todas estas divisões e além disso tinha problemas de ordem doutrinária. Um grupo não aceitava a ressurreição dos mortos (1Cor 15 – 12 a 16). Havia um espírito faccioso naquela igreja; existiam problemas com respeito à doutrina da liberdade cristã (1Cor 10 - 28). “Será que posso comer carne sacrificada aos ídolos”? Os “fortes” diziam que sim e subestimavam os “fracos”. Havia problemas com respeito às questões do casamento (1Cor  7): O que é mais espiritual? Casar ou ficar solteiro?

A igreja estava dividida por uma série de problemas que se refletiam no culto. Os “espirituais” falavam línguas sem interpretação para a igreja e desta forma não edificavam (1Cor 14:5); os profetas falavam, mas não havia ordem de quem deveria falar primeiro (1Cor14:29, 32); as mulheres entusiasmadas estavam querendo tirar qualquer sinal de que há uma diferença entre homem e mulher dentro da ordem da criação de Deus (1Cor 11:8-9); na hora da Santa Ceia havia pessoas que até se embriagavam (1Cor 11:21) e participavam do sacramento sem ter o espírito apropriado. Corinto era uma igreja com graves complicações. Mas, mesmo considerando isso, era uma igreja que se gloriava de ser “espiritual”. Afinal, muitos, na concepção deles, não tinham os dons que indicavam a presença do Espírito Santo? Muitos não estavam falando em línguas durante o culto (1Cor 14)? Outros não estavam profetizando e trazendo palavra de revelação? A igreja pensava que era espiritual e considerava-se assim apesar de estar toda minada de problemas. La encontrou certo judeu chamado Áquila, natural do ponto, recentemente chegado da Itália, com Priscila, sua mulher, em vista de ter Claudia decretado que todos os judeus se retirassem de Roma. Paulo aproximou-se deles.

Quando Silas e Timóteo desceram da Macedônia, Paulo se entregou totalmente a palavra, testemunhando aos judeus que o Cristo e Jesus. Opondo-se eles e blasfemando, sacudiu Paulo as vestes e disse-lhes, sobre a vossa cabeça, o vosso sangue! Eu dele estou limpo e, desde agora, vou para os gentios. Crispo, o principal da sinagoga, creu no Senhor, com toda a sua casa, também muitos dos coríntios, ouvindo, criam e eram batizados. E Paulo permaneceu um ano e seis meses, ensinando entre eles a palavra de Deus. (Atos 18 - 2 a 11).

Paulo discursa aos anciãos de Éfeso

Nesta passagem bíblica encontramos o único exemplo em Atos de uma pregação de Paulo a cristãos. Nela vemos o apóstolo como pastor e amigos dos efésios; nenhuma outra passagem neste livro mostra sentimentos mais profundos do que esta.

   Mileto era um lugar de parada natural para os navios costeiros cuja rota fosse o sul, e suficiente perto de Éfeso para que Paulo convocasse os anciãos. O verbo transmite ao mesmo tempo um senso de solicitude ansiosa e autoridade.

   À chegada dos anciãos, Paulo lhes falou, de início, de seu próprio ministério. Este lhes era bem conhecido, embora ele tivesse em mente não apenas a obra em Éfeso, mas na província toda. O seu ministério havia sido marcado pelo auto-sacrifício, havia sido abranngente, tanto aos judeus como aos gregos, com palavras duras e outras de conforto.

   Seu trabalho em Éfeso estava no fim, e Paulo tinha certeza que mais o veriam, devemos entender, contudo, que isto não passava da lei das probabilidades, visto que o Espírito Santo só o havia advertido a respeito de prisões e tribulações. O fato é que talvez o tivessem visto de novo (II Timóteo 4:20).

O trabalho pastoral ficava a cargo dos presbíteros, chamados de anciãos, e o terceiro tema de Paulo foi o ministério que cabia a eles. Paulo os exortou para que os anciãos tivessem cuidado consigo mesmos. Que deveriam amunciar e ensinar, fiéis, sérios na obra pois a igreja foi comprada com o sangue de Jesus.

No v.29, Paulo fala a respeito de perigos que viriam de fora, mestres heréticos, de modo especial os judeus cristãos de linha dura, que chegariam depois que Paulo houvesse partido, e que desencaminhariam o povo. Paulo admoesta aos anciãos para que eles vigiem e que eles podiam reanimar-se pelo exemplo pessoal de Paulo, que durante três anos, o apóstolo lhes havia ensinado noite e dia com lágrimas.

   Finalmente, Paulo os encomenda a Deus e à palavra da sua graça e de novo coloca-se a si próprio perante os anciãos como exemplo, mediante a sua conduta entre eles.

   Quando Paulo terminou todos oraram juntos. A solenidade do momento ficou marcada pelo fato de todos se porem de joelhos. Uma cena comovedora, durante a qual todos se despediram com muito afeto.

 

 CONCLUSÃO

       O livro de Atos apresenta a história da igreja cristã e a propagação do evangelho de Jesus Cristo, bem como a crescente oposição a ele. Muitos servos fiéis foram usados para pregar e ensinar o evangelho de Jesus Cristo.  Saulo, cujo nome foi mudado para Paulo, era o mais influente. E sobre a sua obra é que mais discorremos nesse trabalho.

       Com a leitura do livro de Atos dos Apóstolos devemos compreender que servir a Deus está acima de todas as coisas e mesmo em meio às dificuldades e sofrimentos é necessário mantermos o padrão bíblico de obediência a Deus.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Referência Bibliográfica

·         Quem é Quem na Bíblia Sagrada. Editora vida acadêmica. Editado por Paul Garden

·         Comentário de Moody na internet

·         Atos  Introdução e comentários. Autor: I. Howard Marshall. Editora: Mundo Cristão 

·         O Novo Testamento Interpretado. Autor R. N. Champlim, PhD.

·         História da Igreja Cristã. Autor: Hesse Lyman Hurlbut.

·         LOPES, Hernandes Dias – Paulo, o Maior Líder do Cristianismo. Editora: Hagnos, 2009.

·         WIERSBE, Warren W. – Comentário Bíblico Expositivo: Novo Testamento: volume I, editora: Geográfica, 2006.

·          PFEIFFER. Charles F. Comentário Bíblico Moody. Volume 4. Os Evangelhos e Atos. Editora Batista Regular. 1999.São Paulo. 6ª edição. 238 pgs.

 

·         - WILLIAMS. David J.Novo Comentário bíblico contemporâneo. Atos.Editora Vida. 1996. São Paulo.1ª edição. 487 pgs.

 

·          - CHAMPLIN, Russell Norman. Novo Testamento interpretado versículo por versículo. SRVBB. São Paulo. vol. 3 pp.1

 

 

 

 

 

 


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